sexta-feira, janeiro 19, 2007

Fic Notícias - Pelo ar...

Enforcamento de Saddam Hussein:
Após ter morto milhares de inocentes durante o período que esteve no poder, o ditador iraquiano foi condenado à pena capital. De facto, foi uma pena a forma como o Quim Barreiros do Iraque foi tratado. Largos meses sem tomar banho fizeram com que os seus companheiros o acompanhassem de capuz, tal era o cheiro. As forças especiais ainda pensaram que estavam na presença do presidente de outra nação, mas as dúvidas rapidamente se dissiparam quando foram informados que esse estaria condenado à cadeira (do tribunal).

Papa recusa convite para ir a Fátima:
Bento XVI rejeitou o convite que lhe foi endereçado para visitar o Santuário de Fátima. Segundo o Sumo Pontífice, “não quero ir a Fátima porque não gosto de andar de avião. E daqui até ao Brasil ainda são umas horas”. Após ter sido elucidado de que Fátima se encontrava em Portugal, Joseph Ratzinger ficou incrédulo com a existência de tal país. “Pensava que Fátima ficava no Brasil… Mas gostei muito daquele milagre que a Senhora fez. De facto, um saco azul faz milagres…”

Luisão desloca-se a Coimbra:
O defesa-central brasileiro integrou o estágio do Benfica que se deslocou, no passado domingo, a Coimbra para defrontar a Académica. Luisão jogou a titular e muito seguro na defesa. Segundo o próprio “Pô, eu vi aqueles caras de verde fluorescente, e fiquei na dúvida se eram agentes da GNR. Por isso abrandei o meu jogo.” O defesa-central que costuma meter água quando joga, resolveu mudar de bebida e até já confirmou a sua presença na próxima Queima das Fitas de Coimbra, que se realizará no mês de Maio.

Voos da CIA:
“É um avião? É um helicóptero? É um ovni? É o super-homem? Não! São os prisioneiros de Guantanamo!” Estas questões foram colocadas por vários transeuntes que passeavam junto ao aeroporto de Lisboa, no ano passado. É caso para dizer que “o deportado foi descoberto pelo deputado (ou deputada)”.

André Pereira
http://www.odespertar.com.pt/sartigo/index.php?x=1974

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Problema de Audição: "Desconfiamos do apito"

João Vieira Pinto sentiu-se mal e deslocou-se a Coimbra para ser observado. Após inúmeros exames, o famoso jogador de futebol surpreendeu tudo e todos ao sair pelo próprio pé das instalações. Inesperadamente, João Pinto conseguiu percorrer os três metros que o separavam do carro sem a ajuda de ninguém e sem ter esboçado uma única simulação de falta. Contudo, ao ser confrontado com algumas questões dos diversos jornalistas que se encontravam à saída, João Pinto fingiu não ter ouvido e entrou no automóvel, desprezando, por completo, todos os meios de comunicação social. Mais tarde, o responsável pelos tratamentos do jogador, convocou uma conferência de imprensa para explicar a situação:

Médico – Boa tarde a todos! O cidadão João Vieira Pinto dirigiu-se às nossas instalações não para tratar de uma lesão no joelho, como se suspeitava, mas sim devido a um problema auditivo.

Diário de Fictícias – O jogador encontra-se com problemas de audição?
Médico –
Podia repetir a pergunta? Não ouvi bem…

DF – Parece não ter sido o único… Qual é o problema concreto do João?
Médico –
Já há uns meses que o nosso cliente, perdão, o nosso paciente se queixava de imensas dores de cabeça mas nunca se deslocou ao nosso hospital para ser observado. Até que um dia, um senhor muito seu amigo, o trouxe a nós para ser sujeito a observação.

DF – Quem é esse senhor? Alguém conhecido?
Médico –
Não posso revelar o nome, como é óbvio, mas posso-lhe dizer que gosta muito de animais… Desde dragões (pintados a ouro) até águias e leões… Ele próprio já foi o rei da selva, mas agora tem andado um pouco em baixo.

DF – Deve ser muito boa pessoa… Em relação ao senhor Pinto, quais foram as suas declarações quando esteve perante os médicos?
Médico –
O senhor Pinto não chegou a vir, porque, por coincidência, tinha ido de fim-de-semana para Espanha, com a sua esposa.

DF – Pois, mas não era esse senhor Pinto de que eu estava a falar… Referia-me ao João.
Médico –
Ah, peço imensa desculpa! Deixe-me acender um cigarro que eu já fiz asneira.

DF – Mas fumar faz mal! E o senhor é médico, deveria dar o exemplo!
Médico –
Não é bem assim… Olhe, quando veio cá o tal senhor, o tabaco foi a nossa salvação, caso contrário, teríamos que o observar ao ar livre.

DF – Mas, e o João?
Médico –
Pois, o senhor João Pinto respondia de uma forma muito estranha às perguntas que lhe colocávamos. No mês passado, um senhor muito franco, decidiu enviá-lo até nós. E só nessa altura é que descobrimos que havia qualquer coisa de errado. O senhor João não respondia da mesma maneira. O diagnóstico foi óbvio: problemas de audição.

DF – E encontraram alguma coisa que pudesse ter causado estes problemas?
Médico –
Nós desconfiamos do apito do árbitro.

DF – Não me diga que também está envolvido no caso que tem abalado o futebol português…
Médico –
Não, claro que não! Refiro-me ao som do apito que o João ouviu durante anos. Pudera, estava sempre a sofrer faltas.

DF – E quais são as medidas a tomar?
Médico –
Com a experiência que tenho, o nosso paciente ou vai mais uma vez ao tapete (curiosamente verde) ou então pede ajuda ao Bom Jesus de Braga.

André Pereira

sexta-feira, janeiro 05, 2007

2007 - O Jardineiro e o Filósofo

Após a tradicional contagem decrescente e os altos voos das rolhas de espumante, a vasta equipa do Diário de Fictícias reuniu-se e teve a ideia mais original de todos os tempos, convidar uma importante personalidade que pudesse prever os principais acontecimentos do novo ano.

Após longas horas de exercício mental, e tendo em conta o título do nosso diário, o nome escolhido foi o de Maia, essa pequena e amarelada abelha, conhecida em Portugal pelas suas manhãs cor-de-rosa.

Diário de Fictícias – Bom dia, senhora Maia. Antes de mais, agradeço ter aceite o nosso convite para esta pequena sessão. Já lançou as cartas para 2007?
Maia –
Sim, e consegui descobrir coisas bastante interessantes.

DF – Ah sim? Em relação à Justiça, haverá alguma mudança tão radical que faça com que finalmente funcione?
Maia –
Eu não faço milagres, apenas prevejo o que realmente vai acontecer.

DF – Peço desculpa, a minha pergunta também não foi muito inteligente… Por falar em inteligência (ou na falta dela), como prevê o penúltimo mandato de George W. Bush?
Maia –
Será um ano muito trabalhoso para a administração norte-americana, que terá de escolher um novo hino nacional para suceder ao “Pombinhas da Catrina”, do ano passado. Talvez uma música da Floribella possa dar jeito.

DF – A Floribella foi um sucesso em 2006. Continuará neste ano?
Maia –
As pessoas continuarão a andar de saia, mas com outra que não a desta pobrezinha. E as danças também serão outras. Por exemplo, o novo formato do “Dança Comigo”, que durará o ano inteiro, terá um par fixo todas as semanas: não me recordo dos nomes dos dançarinos mas um é um famoso jardineiro e outro um importante filósofo, pelo menos de nome…

DF – As suas previsões, como sempre, têm sido bastante esclarecedoras. Não nos pode informar de forma mais concreta e objectiva?
Maia –
Claro que sim. Por exemplo, o futebol vai deixar de ser jogado nas quatro linhas para passar a ser jogado na linha.

DF – Mas porque diz isso?
Maia –
Ora, não viu o presépio do Senhor Futebol? Era composto por Maria, José e pelo (mor)Gado. Jesus fugiu assim que os juízes verificaram o número de pessoas envolvidas no “Apito Dourado” (Jesus, tanta gente!!!).

DF – No que diz respeito à nossa Economia, será este o ano da retoma?
Maia –
Claro que sim! O País irá crescer tanto que as pessoas continuarão a vir para a rua festejar!

DF – Continuarão? Mas 2006 foi um ano repleto de protestos contra o Governo… E estamos em crise.
Maia –
Não sei se lhe podemos chamar crise, quanto a mim tem sido uma crise essencialmente mental, até porque os Portugueses já ganharam várias vezes o Euromilhões, os deputados viajam frequentemente para o Brasil, as pessoas continuam a viver bastante bem e a comprar muitos artigos de luxo…

DF – Não é bem assim! Ontem, por exemplo, fui jantar fora ao melhor restaurante da cidade, no meu automóvel topo de gama descapotável e, quando estava a pagar a conta com um dos meus 23 cartões de crédito, notei que as pessoas estavam muito deprimidas… Mas deixemo-nos de coisas tristes, qual será o maior acontecimento do ano?
Maia –
O maior acontecimento do ano será… ai, tenho de me ir embora! Desculpe mas só lho posso dizer depois deste ter acontecido. Sabe, nós os videntes, regemo-nos pelo mesmo padrão do terceiro segredo de Fátima…

DF – Senhora Maia, onde vai? Ora, esta é que eu não esperava... Deve ter visto o Calimero…

*As vogais e as consoantes, os hífens e os números, os pontos finais e as reticências, os acentos e os pontos de interrogação, todos unidos, desejam aos nossos leitores um excelente ano novo!