segunda-feira, julho 10, 2006

Ulisses, Século XXI

Bora lá construir um cavalo de pau, e dentro do bucho dele metemos people ajoelhado

Alunos do 6.º E da Eugénio de Castro despediram-se das aulas com um teatrinho. Aproveitaram para dar a volta (e que volta!) à Odisseia, de Homero. Aqui reproduzimos alguns excertos.

Sketch 1

Páris – (com ar sensual) Helena minha babe vo´te raptar!!!
Helena – (muito assustada) Nãããããooooo!!!
Narrador – Ulisses um coxe chateado, baza pa Tróia.
Ulisses – (narrando) Passados dez anos aqui sobre o cerco de Tróia, (pensativo) eu tive um flash: (vira-se para os marinheiros) bora lá construir um cavalo de pau, e dentro do bucho dele metemos people ajoelhado.
Páris – (determinado) Como já passaram alguns dias de cena calma, tenho a certeza que acabou a guerra! Bora recolher o raio do animal do cavalo pa dentro da cidade e fazer uma raive de três dias.
Ulisses – (ele e os marinheiros escapam-se) Com os Troianos ganzados já podemos bazar do bandulho do cavalo, chamar os brothers e bazar pa arrasarmos a city toda.
Narrador – Depois de acabar a guerra de Tróia, Ulisses e os seus “manos” só queriam regressar a Ítaca; porém foram desviados por um corrente submarina e atracaram na Ciclópia.

Sketch 2

Turma toda – (interrogando-se) Ciclópia???
Marinheiros – Ya! (informando) Tipo o people desta terra são os Ciclopes, têm um só olho no meio da tola e alimentam-se à base de carne humana.
Ulisses – Alto aíííí e para o baile!!! Esta ilha está desabitada!
Dois marinheiros – (ao mesmo tempo com um ar de gozo) Upa, upa, puxadote..
Marinheiros – (contradizendo Ulisses) Tás enganado, nesta ilha também habita um troll (alguém se ri) Polifemo, que por ser demasiado agressivo pós outros, foi enviado para aqui, onde vive sozinho e bem acompanhado (ri-se) com as ovelhas!!!
Outro marinheiro – (falando em nome de todos) Nós temos é medo que ele nos veja, é melhor escondermo-nos dentro de uma gruta que há aqui perto.
Outro marinheiro – (com ar irónico) Ganda pontaria! Fomos memo para a gruta doutro troll!
Polifemo – (irritado) Já estou farto!
Ulisses – (com ar solidário) Toma, isto é Caipirão feito com Licor Beirão. Depois de teres comido tanta carne, deves estar com sede!
Polifemo – (saboreando) Mmm, gostei, sabe a Verão! Ok, vais ser o último a bater as botas! E já agora qual é o teu nome rapazinho?
Ulisses – (responde) Ninguém…
Um marinheiro – (sussurrando e feliz) Tive uma luz! Vamos afiar um ramo de árvore fino e vamos torná-lo incandescente nas cinzas da fogueira.
Polifemo – (pedindo socorro, muito aflito) Ai, socorro meus irmãos! Ninguém está aqui, ninguém! Querem matar-me! Ai tou que nem posso!!!
Outros ciclopes – (respondendo à “loucura” de Polifemo) Vai mas é beber uma Frize Limão Cola, a OPA do povo! Já que estás com dor de dentes!!!
Um marinheiro – (diz para o outro ao lado) Por acaso até é verdade que a Frize é a OPA do povo, já falaram com a CNBN e ela diz que a OPA é baril!!!
Ulisses – (aproveitando o sucedido) Vamos mas é dar de frosques e continuar a viagem!

Sketch 3

Ulisses – (espantado) Onde estamos?
Rei Eolo – (dando e aconselhando) Estão na Eólia. Vou dar-vos dar um saco que tem todos os ventos e tempestades, mas ninguém o pode abrir!
Marinheiros – (admirando o saco) Isto é tão beautifull! Bora lá abrir!!!
Ulisses – (espantado com a reacção dos marinheiros) Vocês ouviram aquilo que disseram? Não vão abrir coisa nenhuma! Vamos mas é bazar já daqui!
Vão explorar o terreno, que eu fico a guardar o saco pa ninguém o gamar.
Circe – (contente por ver mais umas vitimas, com ar cínico) Hi! Hi! Hi! Mais uns amiguinhos. Venham, entrem… Vou preparar o licor.
Euríloco – (espantado, a falar com Ulisses) – Nem sabes o que eu vi! Circe, a deusa que reina aqui, transformou todos os teus marinheiros em animais roncantes, em porcos!
Ulisses – (vingativo) Ela já vai ver quem é que brinca melhor!!!
Minerva – (dirigindo-se a Ulisses) Toma esta erva da vida que te dará uma fezada…Uau, que máximo!!!
Toda a turma – (todos ao mesmo tempo) A erva que parecia canábis mas não era, protegeu-o, mas não impediu que Circe o aprisionasse.
Circe – (informando) Ninguém deveria bazar daqui mas como eu me apaixonei pelo Ulisses vou-vos deixar dar a pira. (impondo condições) Mas têm de fazer obrigatoriamente duas coisas: dirijam-se à ilha dos Infernos para falarem com o Profeta Tirésias (Titi para os amigos); e quando passarem pelo mar das sereias tapam os ouvidos com cera viscosa, ou então serão seduzidos ou mortos!

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